Basta começar um bate-papo com amigos e colegas sobre o mercado imobiliário em Curitiba para ouvir a frase: “está bastante aquecido e valorizado“. Mas o que isso quer dizer? Bem, em termos de números, o ano de 2022 foi de recordes em todos setores, da venda à locação de imóveis residenciais e comerciais.
Agora, em 2023, os números ainda apresentam reflexo positivo do chamado “efeito pandemia” – que fez com que as pessoas olhassem mais para dentro de casa, por causa do trabalho remoto.
Segundo dados da Confraria Imobiliária de Curitiba, composta por 40 proprietários das principais imobiliárias da cidade, o Volume Geral de Vendas (VGV) do mercado imobiliário curitibano, divulgado em janeiro, chegou a R$ 3,2 bilhões em imóveis novos comercializados no ano passado. “E embora 2022 tenha sido um ano diferenciado para esse modelo de imóveis, com volume grande de negócios até mesmo em dezembro, quando normalmente há baixa, existe uma boa expectativa para 2023”, aposta o corretor Carlos Eduardo Canto, presidente da confraria.
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Os levantamentos do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) também vêm sendo promissores. Por eles, é possível notar esse “aquecimento” do mercado curitibano. Os dados mais recentes, do mês de abril deste ano, mostram uma alta na taxa de procura em relação às ofertas de imóveis usados, residenciais e comerciais, para venda e locação.
Segundo o Inpespar, que é vinculado ao Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), de janeiro a abril de 2023, o índice da Venda de Usados Sobre a Oferta (VUSO) em Curitiba registrou, em média, uma alta de 4,67% para os imóveis residenciais. O índice mais elevado foi registrado em abril deste ano, com alta de 5,6%. Já no ano passado, de maio de 2021 a abril de 2022, a média total desse período teve alta de 6%.
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São esses dados que demonstram que o mercado está mesmo aquecido. Mais ainda quando se fala em locação de imóveis. Segundo o Inpespar, de janeiro a abril deste ano, em Curitiba, o índice médio da Locação Sobre a Oferta (LSO) de imóveis residenciais teve alta de 23,82%.
“O mercado de locações em Curitiba continua bem aquecido, não com números tão consideráveis quanto em 2022, que foi um ano em que se bateu vários recordes. Mas, esse ano, tanto as locações residências como comerciais têm tido um bom desempenho. O sentimento do mercado é que ele está em alta e os números do instituto tem demonstrado isso”, afirma Leonardo Baggio, vice-presidente do Inpespar.
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Imóveis preferidos
Em relação ao perfil do imóvel que se tem alugado na capital, são apartamentos de um, dois e três quartos. Sobrados têm se destacado bem. Já entre os imóveis comerciais, as lojas têm tido destaque. O imóvel em boas condições, residencial ou comercial, aluga rápido.
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Sobre o perfil do locatário, Baggio diz que ele é diversificado. “Vai do estudante que veio morar em Curitiba para a faculdade, até o empreendedor que esta ampliado o seu negócio. Não há um perfil único, definido”, explica.
Os dados revelam que quem quer investir, morar ou alugar na capital paranaense precisa ficar de olho nas oportunidades, mas não pode demorar muito para se decidir. É isso que significa dizer que o mercado “está bastante aquecido e valorizado”.
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Ao mesmo tempo, a valorização imobiliária também faz com que o mercado apresente muito mais opções de imóveis para atender aos mais variados perfis de interessados. São várias as oportunidades de negócio surgindo por aí. É só dar um giro pelos bairros de Curitiba para notar que cidade está em pleno movimento.